Como aproveitar melhor o tempo com o filho

Olá, Mamães!

Como estão todas? Espero que estejam bem.

Hoje vou iniciar nosso bate-papo com algumas questões para vocês refletirem, Ok!

Quanto tempo do seu dia você dedica de fato ao seu filho? Você acredita ser esse tempo de qualidade ou suficiente para suprir as necessidades dele?

É sabido que todos nós temos uma vida corrida, precisamos administrar muitas coisas em um único dia: filho, casa, trabalho – são muitas demandas, e às vezes não sobra tempo nem para "respirarmos", não é mesmo? Essa é a realidade de muitas mães, que se desdobram todos os dias para conseguir dar conta de tudo. E aqui, como o assunto é o tempo dedicado aos filhos, não podemos deixar de mencionar a importância da paternidade ativa, ou seja, os "Papais" também devem reservar um tempo do seu dia para dedicar aos filhos, mesmo que em menor proporção.

Vale ressaltar que minha intenção em propor as questões acima não é fazer julgamentos, apontar certo ou errado, muito menos questionar a forma como você se relaciona com seu filho. Mas sim, refletirmos sobre a qualidade do tempo que dedicamos aos nossos filhos. E imagino que você deve estar se perguntando: "Mas passo o dia inteiro com ele, desde a hora que abro os olhos até o momento que ele vai dormir. Isso não é o suficiente? Mais do que isso é impossível? Como assim, dou o meu máximo todos os dias e ainda não é o suficiente?" Calma, vamos conversar, refletir e chegarmos a uma conclusão, combinado?

E para isso, vamos entender o que é esse tal tempo de qualidade. De acordo com a Psicóloga Fabíola Luciano, "tempo de qualidade com os filhos é estar integralmente com eles, é ouvir o que dizem sem se preocupar com notícias ou celular. É dedicação, fazer coisas juntas, ensinar, aprender, fazer lição de casa, abraçar, brincar, beijar, cair no chão... E é também dizer não, impor limites, fazê-lo cumprir regras". Sendo esse tempo importante por diversas razões, uma vez que melhora a relação de vocês e sua autoridade, cria referências positivas para ele, torna-o mais confiante e seguro, melhorando sua autoestima e disciplina.

Quando não dedicamos um tempo de qualidade para nossos filhos, podemos torná-los inseguros, com comportamentos agressivos, de isolamento, medo e frustração, fazendo com que eles sintam a necessidade de chamar a atenção. Daí podem surgir as famosas "Birras infantis", entre outros comportamentos que às vezes não compreendemos, mas que, se pensarmos, são bastante compreensíveis. Imagine você estar empolgado, tentando interagir com alguém e não ser correspondido? Como você se sentiria? Agora, imagine uma criança, que muitas vezes não tem maturidade para lidar com certas situações simples do dia a dia.

Meu filho, por exemplo, quando abro o computador para fazer alguma coisa e ele quer minha atenção, seja qual for o motivo, e eu, por estar no computador, acabo não prestando tanta atenção nele. Percebo que ele muda o comportamento, fazendo coisas para chamar minha atenção, até que eu desligue o computador. Mesmo passando a maior parte do dia juntos, nos afastamos apenas durante o período que ele está na escola e eu no trabalho, que são simultâneos. Quando estamos em casa, passamos o tempo todo próximos, conversando, brincando, interagindo; ele me auxilia nas tarefas em que consigo envolvê-lo, assistimos TV juntos, desenhamos, entre outras vivências. Mesmo assim, percebo uma mudança significativa no comportamento dele. É claro que há momentos em que preciso estar sozinha, ou que não vou conseguir dar toda a atenção que ele deseja, e está tudo bem! Ele também precisa compreender que o "mundo não gira em torno dele", que em alguns momentos ele vai precisar brincar sozinho, ficar um tempinho assistindo um desenho ou filme, ou fazendo outra atividade, enquanto os adultos resolvem algumas coisas. Certas situações fazem parte da vida e são importantes para o desenvolvimento da autonomia, maturidade e contribuem para a formação da criança.

O que não podemos permitir é que isso vire uma rotina, que as tarefas, compromissos e principalmente as telas e redes sociais nos impeçam de criar boas memórias com nossos filhos, de passar um tempo de qualidade com eles, de participar de suas conquistas e descobertas, de ouvir com atenção seus relatos, indagações e, por que não, suas insatisfações? Criando assim um ambiente saudável, onde a criança se sinta segura, acolhida, onde possa brincar e criar memórias, expressar-se sem medo, compartilhando suas vivências e experiências com os adultos que o rodeiam, formando assim um ser humano emocionalmente saudável. Representamos seu porto seguro, somos sua principal referência, tudo o que proporcionamos, a forma como é proporcionado, nossas ações, a forma como nos relacionamos, o que priorizamos, tudo, exatamente tudo, influencia na formação deles. Por isso, a maternidade e a paternidade são tarefas tão desafiadoras e, ao mesmo tempo, tão encantadoras. É um aprendizado contínuo e diário, repleto de responsabilidades, pois trata da formação de seres humanos que vão crescer e ter que conviver na sociedade.

E você, Mamãe, o que pensa sobre o que conversamos? Concorda ou discorda? Como tem aproveitado o tempo ao lado de seu filho?

Saiba mais...

Para saber mais sobre como lidar com as birras infantis, acesse o menu 'Dicas e informações'. Lá, encontrará algumas sugestões que podem contribuir para melhorar sua relação com seu filho durante esses momentos desafiadores.