Birras Infantis: Compreendendo causas e superando desafios
Compreenda as causas das birras infantis e descubra estratégias eficazes para superar esses desafios. Aprenda como lidar com o comportamento do seu filho de forma tranquila e construtiva.
COMPARTILHANDO VIVÊNCIAS


Olá, mamães!
Como estão vocês? Espero que tudo esteja bem por aí.
Hoje vamos conversar sobre um assunto, ou melhor, um comportamento que faz ou já fez parte da vida de quase todas as mães, pois, em algum momento, nos deparamos com nossos filhos jogando-se no chão, chorando incessantemente ou gritando, sem motivo aparente, despertando em nós mães diferentes sentimentos, que vão desde um nervoso extremo, vergonha, impotência e uma breve autorreflexão sobre “Que tipo de mãe sou eu? E por que ele age assim?”. E, se você ainda não passou por isso, certamente chegará sua vez! Rsrs. Mas, calma, você não está sozinha!
Estou me referindo às famosas e tão temidas “Birras Infantis”. Mas, por que elas acontecem? Qual é a melhor maneira de agir nessas situações? Como conseguir manter a calma? Como evitá-las? Em que idade deixam de ser tão corriqueiras? São tantas as questões atreladas a esse assunto, não é mesmo?
Primeiro, vamos entender por que elas acontecem. De acordo com o Instituto NeuroSaber, o cérebro da criança na primeira infância ainda não está completamente desenvolvido, o que significa que, quando nascemos, a região cerebral ainda se encontra incompleta, sendo uma delas chamada de neocórtex, região responsável por capacidades imprescindíveis para a autonomia do indivíduo. Ainda de acordo com o Instituto, a birra, como a conhecemos, não é uma simples pirraça diante de uma frustração. Esse comportamento pode ser a manifestação - segundo a neurociência - de algumas emoções como medo, raiva ou até mesmo o temor de uma eventual separação. Diante destas situações, a criança não consegue raciocinar e se acalmar, ficando superagitada.
Complexo, não é mesmo? Confesso que até ler um pouco sobre o assunto, também pensava que era coisa de criança, que fazia parte da idade, o que de fato faz, mas não tinha conhecimento sobre o quão importantes são nossas atitudes diante das birras, e como podemos, nesses momentos, influenciar positiva ou negativamente no comportamento de nossos filhos, o que pode refletir até mesmo a longo prazo em suas vidas
A birra pode ter diversas razões para acontecer, com crianças menores que ainda não dominam a linguagem verbal e não conseguem expressar o que sentem, assim como naquelas que já dominam a linguagem. Em ambas as situações, a criança não consegue lidar com situações de frustrações presentes em seu cotidiano e encontra na birra uma forma de chamar atenção ou demonstrar que algo está incomodando, seja fome, sono, cansaço ou falta de vontade de realizar tarefas comuns do dia a dia, como tomar banho ou alimentar-se, entre outras.
Meu filho, por exemplo, quando está cansado e principalmente com sono, é o momento em que apresenta um choro excessivo, por vezes gritos, não aceitando explicações ou orientações. Acredito que ele ainda não consiga lidar com o fato de estar cansado, o que significa parar de brincar, interagir e sentar para acalmar-se ou até mesmo tirar um cochilinho rápido.
É uma situação bastante difícil de lidar. Confesso que às vezes me falta um pouco mais de paciência, principalmente depois de um dia com tantas demandas, trabalho, tarefas domésticas, etc., o que me entristece bastante e me causa um certo sentimento de culpa por não saber lidar com a situação. Ao mesmo tempo, me faz refletir sobre “Que tipo de mãe quero ser para meu filho? Quais as lembranças e memórias quero que ele tenha da nossa relação?”
Principalmente, pelo fato de entender a importância das experiências na infância, dos vínculos e das bases que se estabelecem nesse período, reconhecendo seu impacto na vida adulta, nas relações e na capacidade de enfrentar desafios, quero que meu filho encontre em mim apoio e segurança, independentemente das circunstâncias, sendo fundamental a construção de uma relação saudável.
Por outro lado, os confrontos e os momentos de tensão representam um desvio dessa harmonia. Gritos e brigas tendem a distanciar e enfraquecer os laços afetivos. Não estou sugerindo que devemos evitar corrigir nossos filhos. No entanto, é importante ter um olhar cuidadoso e generoso com a relação que estabelecemos com eles.
Essas reflexões têm me levado a buscar orientações na literatura, visando conduzir essas situações da melhor maneira possível. Sabemos que não existe uma receita pronta ou fórmula mágica, cada criança é única e reage diferente a determinadas situações. Mas, de modo geral, nesses momentos devemos respirar fundo e manter a calma, pois nosso autocontrole enquanto mãe ou adulto é importante para transmitir segurança neste momento; caso contrário, perdemos o controle da situação.
Então, fique calma! Além disso, podemos tentar mudar o foco, distraindo-o com alguma coisa, uma história, uma brincadeira, algo que desperte seu interesse e o tire daquela situação de estresse. E, principalmente, devemos acolher e entender seu comportamento, tentando refletir sobre quais as causas dele estar agindo assim, levando em consideração as circunstâncias do momento, tentando acalmá-lo, afagando-o em nosso colo, mostrando assim, que está “Tudo bem”. Sem tentar explicar regras ou dar orientações nesses momentos, pois eles não vão compreender e se estressar ainda mais, prefira fazer isso em outro momento em que ele esteja mais calmo. Aqui vale ressaltar a importância de estar na altura da criança ao falar com ela e usar uma linguagem clara e simples para que ele compreenda o que está sendo dito, e até mesmo consiga ter a percepção de suas ações, no caso das crianças maiores que já conseguem ter uma maior interação.
Como já disse em posts anteriores, não sou especialista; minha intenção é compartilhar minhas vivências, e essa temática me fez refletir bastante, e desde então passei a ver as “birras” do meu filho com outro olhar, mudei minhas atitudes, agora tento compreendê-lo e acolher suas frustrações, mas sem broncas ou enfrentamentos, e principalmente passei a selecionar as batalhas que vou enfrentar em nosso cotidiano, pois tem algumas “brigas” que não valem a pena ser travadas, por serem tarefas que podem ser realizadas em outro momento. Não estou dizendo que temos que nos render às solicitações de nosso filho, mas sim que temos que entender o momento e agir de forma racional, ressignificando assim, nossa relação. E estou surpresa e feliz com o resultado; não é fácil manter a calma quando parece que ele está agindo propositadamente, mas nossa atitude faz toda a diferença, pois faz com que ele se acalme mais facilmente, compreenda que sua atitude não está sendo correta, tampouco é necessária. Nos conectamos ainda mais, tornando nossa relação mais próxima, reforçando os laços e fortalecendo as bases que falamos lá no início.
E eu, enquanto mãe, sinto-me muito aliviada e feliz por estar conseguindo entender, compreender e agir com mais sabedoria, principalmente nesses momentos mais desafiadores com meu filho.
E você, mamãe, como lida com esses momentos mais desafiadores com seu filho? Conte-nos; ficaremos felizes com seu relato e podemos ajudar outras mamães que estão vivenciando situações semelhantes
Sabemos que lidar com as birras das crianças pode ser desafiador, mas não podemos permitir que esses episódios prejudiquem a relação com nossos filhos. Por isso, convido-as a explorarem o menu "Dicas e Informações", Lá, encontrarão maneiras de transformar esses momentos desafiadores em oportunidades de crescimento e conexão com seus filhos, além de outros assuntos relacionados à maternidade. Vamos lá conferir!